sábado, 29 de dezembro de 2012

O Paraíso e as nascentes do São Bartolomeu

Você, observador de aves que estará na Mata do Paraíso no dia 26 de janeiro para o encontro de observadores de aves, conheça um pouco sobre a importância desse fragmento e do bairro Paraíso para o município de Viçosa. 

O bairro Paraíso está localizado na região sul de Viçosa.  Ele (ainda) é  uma zona rural. A cafeicultura e as pastagens para gado leiteiro continuam presentes, pequenos sítios abastecem a cidade de legumes, verduras, plantas ornamentais e  flores de corte, contudo o eucalipto vem ganhando espaço. No bairro Paraíso estão as nascentes dos principais afluentes do Rio São bartolomeu: Santa Catarina, Engenho, Paraíso, Palmital e Araújo. O Rio São Bartolomeu é o principal rio da cidade. Viçosa depende do rio São Bartolomeu para seu abastecimento de água potável. A bacia hidrográfica do São Bartolomeu ocupa uma área de 55,10 km2, o que corresponde a 18,48% da superfície do município de Viçosa. A Mata do Paraíso protege a nascente do Santa Catarina. A Mata do Paraíso é um dos maiores remanescentes florestais de Viçosa com 400 ha. No passado a Mata do Paraíso sofreu com a exploração de uma pedreira e com o desmatamento. Até a década de 50 era feita a captação de água da cidade em uma de suas represas. Atualmente a Mata do Paraíso é administrada pela Universidade Federal de Viçosa, onde realiza pesquisas e trabalhos de educação ambiental.
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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Inscreva-se no 2º Encontro de Observadores de Aves de Viçosa! Participe!





Visualizar Mata do Paraíso em um mapa maior
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sábado, 22 de dezembro de 2012

Feliz Natal!

Desejamos a todos um Feliz Natal!



Imagem www.birdcam.it

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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Ainda estamos no Paraíso

Público dia 18/12/2012 na Câmara Municipal. Foto: Ítalo Stefhan
Mobilização popular no dia 18/12/2012 na Câmara Municipal de Viçosa. Foto: Ítalo Stephan
 Ontem estivemos na Câmara Municipal de Viçosa acompanhando a discussão e votação da lei de urbanização do bairro Paraíso. Foram 5 votos contra o projeto e 4 a favor. Mas, a discussão ainda não acabou. Temos que continuar lutando por um Paraíso cada vez melhor.
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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Conheçam as aves que são símbolos


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sábado, 15 de dezembro de 2012

Como evitar o choque de aves com vidros





Aves não veem vidros. Por isso, é comum aves irem de encontro a vidros de janelas e portas. Podemos evitar que isso aconteça com uma medida simples. Imprima, Recorte e Cole nos vidros de portas e janelas as  figuras acima. O objetivo  é reduzir a transparência e o reflexo do vidro e dar as aves a noção de que não devem seguir em frente.  Mas colar uma única figura não irá adiantar. Você precisa cobrir o máximo de área possível e deixar pequenos espaços entre as figuras. As figuras devem ficar 5 centímetros de distância umas das outras em sentido horizontal e 10 centímetros em sentido vertical. As aves são capazes de voar por espaços bastante reduzidos. As formas e cores não importam, se preferir pode usar qualquer outra forma que preferir. Aqui são usados desenhos de aves porque gostamos delas. As imagens foram criadas e disponibilizadas por 'Refugio de aves - Pájaros Caídos' <http://www.facebook.com/refugio.de.aves.pajaros.caidos>. Veja também o blog 'Pájaros Caídos - Ayudandolos a vivir' <http://www.pajaros-caidos.blogspot.com.br/>.

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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

As crianças e as aves. Um amor que não pode acabar!

Crianças e aves. Não deixe esse amor acabar!
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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Crianças e Aves



O sabiá-laranjeira na visão de uma menina de 7 anos.



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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

I Encontro de Observadores de Aves de Viçosa

Aconteceu no dia 22 de setembro de 2012 o I encontro de Observadores de Aves de Viçosa. Participaram do encontro: Jean Carlo de Oliveira, Noé Eiterer, Geraldo theodoro de Mattos, Gilda Ribeiro de Alvare, marinês Eiterer, andré Valle, Alexander Zaidan, Marina Lipus Barros, Daniela Raimondo Felippe Lima, Clélio de Sousa Lima Junior (ajoelhado) e Luciano Cunha (ajoelhado de boné). 



Espécies observadas no encontro: 
Buteo albicaudatus (gavião-de-cauda-branca), Caracara plancus (caracará), Cathartes aura (urubu-de-cabeça-vermelha), Chiroxiphia caudata (tangará), Coereba flaveola (cambacica), Conirostrum speciosum (figuinha-de-rabo-castanho) , Conop
ophaga lineata (chupa-dente), Coragyps atratus (urubu-de-cabeça-preta), Coryphospingus pileatus (tico-tico-rei-cinza) , Corythopis delalandi (estalador), Cyclorhis guianensis (pitiguari), Dacnis cayana (saí-azul) , Dysithamus mentalis (choquinha-lisa), Elanus leucurus (gavião peneira), Emberizoides herbicola (canário-do-campo), Formicivora serrana (formigueiro-da-serra), Hemitriccus nidipendulus (tachuri-campainha), Hylophilus amaurocephalus (vite-vite-de-olho-cinza), Lanio melanops (tiê-de-topete) , Lathrotriccus euleri (enferrujado), Leptopogon amaurocephalus (cabeçudo) , Manacus manacus (rendeira), Milvago chimachima (carrapateiro), Myiarchus swainsoni (irré), Myopagis viridicata (guaracava-de-crista-alaranjada), Pachyramphus validus (caneleiro-de-chapéu-preto) , Penelope obscura (jacuaçu), Phacellodomus rufifrons (joão-de-pau) , Phaethornis squalidus (rabo-branco-pequeno), Piaya cayana (alma-de-gato), Picumnus cirratus (pica-pau-anão-barrado) , Pionus maximiliani (maitaca-verde) , Pteroglossus aracari (araçari-de-bico-branco), Sicalis flaveola (canário-da-terra-verdadeiro), Stelgidopteryx ruficollis (andorinha-serradora), Synallaxis spixi (joão-teneném), Tachyphonus coronatus (tiê-preto), Tangara cayana (saíra-amarela) , Tangara cyanoventris (saíra-douradinha), Thamnophilus caerulescens (choca-da-mata), Todirostrum poliocephalum (teque-teque) , Troglodytes musculus (corruíra), Turdus leucomelas (sabiá-barranco), Tyrannus savana (tesourinha), Veniliornis maculifrons (picapauzinho-de-testa-pintada), Vireo olivaceus (juruviara), Xenops rutilans (bico-virado-carijó), Xolmis cinereus (primavera), Zonotrichia capensis (tico-tico).
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terça-feira, 21 de agosto de 2012

O luto do falcão


‘Quando os elefantes choram: a vida emocional dos animais’ de Jeffrey Moussaieff Masson e Susan.MacCarthy é um livro que tenho na minha estante e que leio e releio sem nunca cansar. Um livro encantador. Transcrevo um trecho de uma das curiosas e belas histórias do livro.
falcão
Nas montanhas rochosas, a bióloga Marcy Cottrel Houle estava observando o ninho de falcões peregrinos Arthur e Jenny, enquanto os pais estavam ambos ocupados em alimentar cinco filhotes.Um dia pela manhã, apenas o falcão macho visitou o ninho. Jenny não aparecia de forma nenhuma, e o comportamento de Arthur mudou consideravelmente. Quando chegava com comida, ele esperava no ninho, às vezes, por até uma hora antes de voar de novo e voltar a caçar, coisa que ele nunca tinha feito anteriormente. Várias vezes ele chamava pela companheira e ficava esperando pela resposta, ou olhava no ninho emitindo um piado de dúvida. Houle se esforçou para não interpretar aquele seu comportamento como expectativa e desapontamento. Jenny não apareceu no dia seguinte nem no próximo. Mais tarde, no terceiro dia, empoleirado no ninho, Arthur produziu um som não-familiar, “ uma espécie de grito de lamento de animal ferido, o grito de uma criatura em sofrimento”. Houle, chocada, escreveu: ‘A tristeza do clamor era inequívoca; após tê-lo escutado, eu nunca duvidaria de que uma animal pudesse sofrer emoções que nós seres humanos, achamos que pertencem apenas à nossa espécie’.
Depois do grito, Arthur se sentou sem se mover na pedra e não se mexeu por um dia inteiro. No quinto dia após o desaparecimento de Jenny, Arthur entrou em um frenesi de caçada, trazendo comida para os filhotes, da aurora até o pôr-do-sol, sem pausa para descansar. Antes do desaparecimento de Jenny, seus esforços eram menos desesperados; Houle nota que ela nunca viu de novo um falcão trabalhar tão incessantemente. Quando os biólogos subiram ao ninho, uma semana depois do desaparecimento de Jenny, viram que três filhotes tinham morrido de fome, mas dois tinham sobrevivido e estavam prosperando com os cuidados do pai. Mais tarde, Houle descobriu que Jenny provavelmente tinha sido morta por um tiro. Os dois filhotes sobreviventes se emplumaram com sucesso.
É impossível predizer o quão profundamente ficamos afetados quando morre alguém que nos é querido. Às vezes, as pessoas não mostram nenhuma reação externa, mas suas vidas ficam estraçalhadas. Elas podem não sentir nada de forma consciente, ou mesmo sentir alívio, enquanto internamente estão devastadas e podem nunca se recuperar. Os sinais externos de pesar dizem algo, mas podem não dizer tudo. A introspecção pode expressar algo, também, mas pode ser enganosa. Enfrentada com a tristeza humana nessa profundidade, a curiosidade cientifica deveria ser temperada com humildade: ninguém, certamente não o psiquiatra biológico (oferecendo  pílulas para o sofrimento), pode falar com qualquer autoridade sobre a fonte, a duração ou a patologia tristeza. E uma humildade ainda maior é necessária diante das permutações do pesar e da tristeza dos animais.
Quando os não-cientistas falam da tristeza de animais, a evidência mais comum em que pensam é o comportamento que o membro de uma casal sente quando um deles morre ou vai embora . Esse tipo de pesar recebe atenção e respeito; no entanto, existem muitos pesares que passam despercebidos – a vaca separada de seu bezerro ou o cão deliberadamente abandonado. Existem também todos aqueles pesares que os humanos nunca observam: gritos nunca escutados antes na floresta, rebanhos nas montanhas remotas cujas perdas são desconhecidas.”
Referência bibliográfica
MASSON, Jeffrey Moussaieff & MACCARTHY, Susan. 1997. Quando os elefantes choram: a vida emocional dos animais. Geração editorial: São Paulo.
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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

I Encontro de Observadores de Aves de Viçosa

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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Agrotóxico Mata


 O Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável de Minas Gerais, CONSEA-MG

a Comissão Regional de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável - Zona da Mata III (CRSANS)
e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST

Convidam para
Oficina micro-regional - Lançamento da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida em Juiz de Fora e região
Sábado, 25 de agosto de 2012, às 13h30min
Local: Sindicato dos Bancários - R. Batista de Oliveira nº 745 - Centro - Juiz de Fora
O problema do envenenamento dos alimentos com agrotóxicos no Brasil ficou em evidência com a pesquisa da ANVISA, em 2010, que revelou que cada brasileiro consome em média 5,2 litros de agrotóxicos por ano.
O Brasil é o maior consumidor de venenos agrícolas no mundo e isso representa um problema grave para a saúde pública no país.
Todos nós, governantes e sociedade civil, somos chamados a firmar compromissos viáveis para a diminuição do uso desses venenos, maior controle dos órgãos responsáveis e a criação de condições para a plantação de alimentos em regime agroecológico.
A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida foi lançada nacionalmente em abril de 2011 e está se espalhando rapidamente pelos estados e municípios.
Juiz de Fora, como cidade polo da Zona da Mata, também deve se comprometer a pensar alternativas, a informar sua população sobre os riscos dos agrotóxicos, a cobrar maior fiscalização e a fechar uma agenda de ações para a realização de atividades sobre o tema, ao longo do ano.
Por isso, convidamos os parceiros de universidades, do poder público, de sindicatos, entidades e movimentos da sociedade civil, para juntarmos forças e construirmos juntos propostas de mudanças para garantir o Direito Humano à Alimentação Adequada e a Segurança Alimentar e Nutricional a todos na região.
Ludmila Bandeira Pedro de Farias     -      Conselheira estadual do CONSEA-MG pela CRSAN Zona da Mata III



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domingo, 29 de julho de 2012

Para crianças: O ninho do joão-de-pau

–Pai! Pai! – O que foi? – perguntou o pai, surpreendido com a algazarra do filho.
O vizinho tá cortando a árvore com o ninho do joão-de-pau ! – exclamou o filho esbaforido.
O filho adorava aves, árvores e florestas e estava chateado com que o vizinho estava fazendo. O pai ouve o som cortante do machado:
–Uh! Vamos lá ver.
Juntos seguem, para onde o vizinho machadava a  árvore. O ninho de pequenos gravetos entrelaçados oscilava sem cair. Os dois apenas olham. Por fim a árvore tomba opulenta e esparrama seus galhos pelo chão. Pobre árvore. Pensou consigo o pai.
–Ô vizinho! – chamou o pai.
–Opa! – respondeu o vizinho, ofegante.
–Tá cortando a árvore,?
–É, tá atrapalhando a casa.
– Ah! – exclamou o pai,  sem querer esticar a conversa.
Ali naquela região os moradores tinham o hábito de cortar tudo o que crescia em volta das casas. Cada um tinha o seu motivo:  cobras ,  sujeira,  ladrão...
–Você pode dar o ninho que caiu junto com a árvore? Meu filho gostaria de olhar de perto – pediu o pai.
Ninho de joão-graveto (Phacellodomus rufifrons). Foto: M. Eiterer– Claro! – respondeu o vizinho, indo em direção ao ninho intacto, mesmo com a queda. Ele quebra o galho, pois o ninho continua preso e o emprega ao pai.
– Obrigado, vizinho! Até mais!
– De nada! Até!
Pai e filho voltam em direção a casa com o ninho.
– Pai o que vamos fazer com o ninho?
–Vamos dar uma olhada nele – respondeu o pai.
Eles examinam o ninho. Não havia ovos nas câmaras.
Vamos colocar o ninho num galho de uma das nossas árvores e ver o que acontece. Muitas aves não retornam ao ninho depois que foram mexidos. Pode ser que ele não volte.
João-de-pau (Phacellodomus rufifrons)f. Foto: M. Eiterer.
Eles prendem o ninho em um galho de outra árvore. Os dias passam e nada acontece. Um certo dia lá estava ele  de volta. O João-de-pau voltou e estava desmanchando  o ninho antigo e montando um novo, usando os mesmo gravetos. Enquanto desmanchava o ninho velho o pai e o filho conseguiram ver as câmeras forradas com penas, onde eram chocados os ovos. Alguns dias depois o novo ninho estava pronto. Agora o ninho estava seguro em uma árvore que nunca seria derrubada.
M.Eiterer
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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Para crianças: O banho de terra

Um jardim sarapintado emoldura a pequena casa azul. Ela é circundada por uma grande varanda sustentada por cinco pilares, ornados com clerodendro vermelho. Brinquedos estão espalhados sobre o  piso carmesim bem limpinho. No meio deles brinca uma menininha sentada  com as pernas esticadas. Numa cadeira bem ao lado, a mãe cirze uma velha camisa  :
— Mamãe! —  chama a filha baixinho.
— O quê é, querida? — pergunta a mãe.
— Tem um passarinho rolando na terra do seu vaso.
— Ah! É uma corruíra. Ela está tomando banho — diz a mãe, olhando rapidamente o passarinho e voltando os olhos para a  costura.
A menina pensa consigo: Banho de terra! Doidice da mamãe. Banho só pode ser de água. Terra suja, não limpa. Eu não vou tomar banho de terra. Quando brinco na terra fico toda suja, mamãe fica uma fera.  Porque ele vai tomar banho de terra? Pra ficar sujo?Mamãe tem hora que fala umas esquisitices:
—Tem certeza mamãe? Ele tá mesmo tomando banho? É esquisito tomar banho de terra.
— É! Algumas aves tomam banho de terra. As galinhas tomam banho de terra. Hum…não estou lembrando de outra.
— Por que ele precisa tomar banho de terra, mamãe?
— Bem...parece que isso ajuda a tirar alguns bichinhos que ficam nas  penas.  Alguns só tomam banho de terra, outros tomam só tomam de água e ainda aqueles que tomam banho de terra e de água
— E, eles conseguem tirar os bichinhos?
—Bem…até onde eu sei…parece que sim.
A filha continua a  fitar o passarinho no seu banho de terra. De repente ele para. Levanta. Dá uma sacudida. Ajeita as penas. E sai voando. A menina acompanha tudo até ele desaparecer.  E volta aos seus brinquedos. Lá na casa azul.

M.Eiterer

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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Para crianças: Onde os passarinhos dormem?

É hora de dormir. Está frio. A mãe ajeita o edredom sobre a filha pequenina. Seus olhos ainda estão abertos, mas distantes, ela está matutando algo:
— Mamãe, os passarinhos dormem? — ela pergunta, com a voz sonolenta.
— Todas as aves dormem, querida — responde a mãe, surpresa com a pergunta.
Onde eles dormem, mamãe?
— Nos galhos das árvores.
— Nosso jardim tem árvores, mamãe?
— Não, não tem.
A filha fecha os olhos, parece dormir, mas:
— Podemos plantar uma árvore, mamãe? — ela pergunta repentinamente.
— Claro, meu amor! E, porque você quer plantar uma árvore?
A menina vira de lado se ajeita no edredom, fazendo suspense:
— Para os passarinhos terem onde dormir — responde, abrindo um pequeno sorriso.
Ah!Claro!Boa noite, meu bem!
— Boa noite, mamãe!
 
 
M.Eiterer
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segunda-feira, 12 de março de 2012

AVOA - Associação Viçosense de Observação de Aves

É com muita alegria que anunciamos a criação da Associação Viçosense de Observadores de Aves - AVOA. O objetivo da associação é de promover e divulgar a atividade de observação de aves. Qualquer pessoa, de qualquer idade, pode associar-se a AVOA. Os associados receberão informações sobre as atividades promovidas pela  AVOA. Associa-se! Leva apenas alguns minutos para preencher nosso formulário.
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sábado, 10 de março de 2012

As aves que voam no céu de Brigadeiro

As aves que podem ser observadas no Parque Estadual Serra do Brigadeiro


Mirante, Parque Serra do Brigadeiro. Foto: M. Eiterer


Na região leste de Minas Gerais, no complexo da Mantiqueira, num dos pontos mais altos da Zona da Mata Mineira,  está localizada a  Serra do Brigadeiro. O Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, criado  em 27 de setembro de 1996 (Decreto n.º38.319),  aberto à visitação em março de 2005, abrange a maior parte dessa serra, também conhecida como serra da Grama, Serra da Ventania, Serra dos Arrepiados ou Serra de Araponga, com altitudes que variam de 1.000 e 1.900 m. O Parque está localizado entre os  municípios de  Araponga, Divino, Ervália, Fervedouro, Pedra Bonita, Miradouro, Muriaé e Sericita, com aproximadamente 13.200 ha e 156 km de perímetro, compondo um dos últimos grandes remanescentes de floresta nativa de Minas Gerais, sendo uma área prioritária para a conservação da biodiversidade no Estado.

Vista da estrada que corta o Parque Serra do Brigadeiro. Foto: M.Eiterer


Em Minas Gerais são conhecidas 781 espécies de aves, no Parque Estadual do Brigadeiro encontramos 276 dessas espécies, o que corresponde a 35,3% do total das espécies de Minas.  As famílias mais representativas encontradas no Parque Estadual do Brigadeiro são:  dos papa-moscas e afins (Tyrannidae), 52 espécies; dos papa-capins e afins (Emberizidae), 53 espécies; do joão-de-barro, joão-teneném e afins (Furnariidae), 18 espécies; dos beija-flores (Trochilidae), 19 espécies; gaviões , águias e afins (Accipitridae), 14 espécies e dos pica-paus (Picidae), com 10 espécies. 
Contudo, dessas 276 espécies, 28  estão ameaçadas de extinção (10% do total), mas esse número pode chegar a 67, por relacionar outras 39 espécies presumivelmente extintas ou em vias de extinção nessa localidade.  As 28 espécies que ainda vivem no parque, mas encontram-se ameaçadas são: (1) gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus), (2) jacuaçu (Penelope obscura), (3) pomba-amargosa (Columba plumbea), (4) tiriba-de-testa-vermelha (Pyrrhura frontalis), (5) cuiú-cuiú (Pionopisitta pileata), (6)papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), (7)bacurau-tesoura-gigante (Macropsalis creagra), (8) surucuá-de-barriga-amarela (Trogon rufus), (9)araçari-banana (Bailonius bailloni), (10) tucano-de-bico-verde (Rhamphastos dicolorus), (11) benedito-de-testa-amarela (Melanerpes flavifrons), (12) pica-pau-rei (Campephilus robustus), (13) trovoada (Drimophila ferruginea), (14) tovaca-cantador (Chamaeza meruloides), (15) tovacuçu (Grallaria varia), (16) arredio-pálido (Cranioleuca pallida), (17) vira-folhas (Sclerurus scansor), (18) olho-falso (Hemitriccus diops), (19) tesourinha-da-mata (Phibalura flavirostris), (20) corocochó (Carpornis cucullatus), (21) tropeiro-da-serra (Lipaugus lanioides), (22) pavão-do—mato (Pyroderus scutatus),  (23) araponga (Procnias nudicollis), (24) cabecinha-castanha (Pyrrohoma ruficeps), (25) quete (Poospiza lateralis), (26) capacetinho-do-oco-de-pau (Poospiza cinera), (27) pichochó (Sporopphila frontalis),(28) gavião-pomba [Leucopternis sp. (cf. larcernulata)].
A lista completa da avifauna do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro você encontra aqui.
M.Eiterer

Fontes
SIMON, José Eduardo; RIBON, Rômulo; MATTOS, Geraldo Theodoro; ABREU, Carlos Rodrigues Meirelles. 1999. A avifauna do Parque Estadual do Brigadeiro, Minas Gerais. Revista Árvore 23:33-48.
INSTITUTO ESTADUAL DE FLORESTAS . Parque Estadual do Brigadeiro. <http://www.ief.mg.gov.br/component/content/197?task=view>. Acesso em 28 de fevereiro de 2012.


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quarta-feira, 7 de março de 2012

Concurso de fotografia. Participe!


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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Juçara e Penelope



Penelope
Penelope é um gênero de ave da família Cracidae* (Galliformes), com 15 espécies. Os cracídeos formam um dos grupos de aves neotropicais mais ameaçado de extinção. O desmatamento e a caça indiscriminada reduziram drasticamente as populações de cracídeos. Mais de um terço das suas espécies estão em perigo de extinção.

Penelope alimenta-se  principalmente de frutos, são frugívoros. Embora possam também consumir folhas, flores brotos e insetos. O gênero Penelope é um importante dispersor de sementes, pois os frutos são digeridos rapidamente e as sementes são ingeridas e defecadas intactas e viáveis. Não conhecemos com detalhes a dieta das 15 espécies de Penelope, mas um estudo mostrou que 44 espécies de plantas fazem parte da dieta do jacupemba (P. superciliares). Alguns exemplos de plantas usadas na dieta do jacumpeba são: palmeira juçara (Euterpes edulis), guabiroba (Camponesia xanthocarpa)  peroba-branca (Chrysophyllum gonocarpum), canela-preta (Nectandra megapotamica), canela-amarela (Ocotea dyospyrifolia) canjerana ( Cabralea canjerana).Só para citar algumas.
Juçara(Euterpes edulis
Juçara (Euterpe edulis) é muito importante para o jacupemba, pois compõe a maior parte da sua dieta. A  juçara (Euterpe edulis) é uma palmeira nativa da Mata Atlântica. A exploração descontrolada levou a espécie ao perigo de extinção. Da juçara se extrai palmito de excelente qualidade,  no entanto  a retirada do palmito implica na morte da palmeira. O desaparecimento da juçara poderia trazer consequências negativas para Penelope e vice-versa.

O que será de juçara e Penelope ?   Para a conservação de uma espécie muitas vezes é necessário conservar outra, neste caso uma espécie pode ser importante para a conservação de várias outras. Se cuidarmos de juçara, provavelmente estaremos ajudando todas as espécies de Penelope. Está na hora pararmos de destruir e começarmos a plantar.Plantar juçara.



*Nota: Família Cracidade é formada por 24 espécies de aracuãs, jacus, jacutingas e mutuns.
Fontes
MIKICH, Sandra Bos. 2002. A dieta de Penelope superciliares (Cracidae) em remanescentes de floresta estacional semidecidual no centro-oeste do Paraná, Brasil e sua relação com Euterpes edulis (Arecaceae). Ararajuba 10(2):207-217.
SICK, Helmut. Ornitologia brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
   A autora
Marinês Eiterer Marinês Eiterer tem uma profissão muito legal, é bióloga. Ela adora observar aves. E, incentiva todo mundo a observar também. Gosta de escrever sobre aves e plantas, principalmente para crianças.
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